Gilso Hanashiro/Agência BOM DIADevid Oliveira, 19 anos, demonstra revolta quando relembra a agressão que sofreu na linha Santa Isabel, com a certeza de que o motorista é homofóbico
Rodrigo Rainho Colaboração para o BOM DIACasos de homofobia têm sido frequentes na Capital desde novembro, quando cinco delinquentes agrediram um jovem homossexual com uma lâmpada fluorescente na avenida Paulista. A partir desse episódio, as autoridades têm dedicado atenção especial a esse crime. Sorocaba é mais uma cidade que registra ocorrências de preconceito a gays e lésbicas.
Na última quarta-feira, o motorista Ademilson Aparecido Fernandes teria agredido a socos e pontapés o estudante Devid Oliveira, 19 anos. Segundo a vítima, o funcionário da STU se irritou com o som do aparelho celular do rapaz e parou o ônibus da linha 13 (Santa Isabel) na avenida Washington Luiz, na altura do Sesc, e por ali ficou por 20 minutos. “Os passageiros ficaram assustados, porque ele ficou parado com as portas fechadas. Quando uma gestante reclamou da situação, expliquei a ela que o motorista é homofóbico e me xingou de veado e outras palavras de baixo calão. Assim que me ouviu, me empurrou e me chutou. Para me defender, dei um tapa na cara dele. O funcionário me chutou de novo e me jogou para fora do veículo. Quando eu estava no chão, deu um soco no meu rosto. Senti o sangue escorrer”, narrou Devid. Ademilson teria arrancado com o ônibus e fugiu. O jovem foi encaminhado ao Hospital Regional e depois fez boletim de ocorrência com a mãe, Silvana. PuniçãoAntes do atrito com o motorista da STU, Devid procurou a empresa e a Urbes para registrar reclamação do motorista. Segundo a vítima, nenhuma providência foi tomada. Na delegacia, Ademilson teria confessado que agrediu o garoto. Apesar da confissão, continua na linha 13 (Santa Isabel). “Os homossexuais são mais aceitos pela sociedade. A atitude dele foi repugnante. Se eu fosse mulher decotada com saia, teria outro tratamento”, diz Devid. Ele e a mãe vão processar a STU e a Urbes por prejuízos de exposição de imagem, humilhação e danos morais.
Motorista é inocente e agiu em defesa pessoal, diz STU A Urbes - Trânsito e Transporte e a STU negam atitude de homofobia contra o passageiro da linha 13 (Santa Isabel). Segundo a empresa que gerencia o transporte de Sorocaba, houve um desentendimento entre alguns jovens, entre eles Devid de Oliveira e o motorista Ademilson Aparecido Fernandes, no dia 10, provocado por “algazarras dentro do coletivo e som alto produzido por aparelhos celulares”. Segundo a Urbes, o motorista do ônibus pediu “que os jovens parassem de perturbar a viagem, o que só ocorreu depois de discussão entre eles, no Terminal Santo Antônio.” A Urbes informa em nota que na quarta-feira houve novo desentendimento entre Devid de Oliveira e o motorista. “No relato do motorista no boletim de ocorrência, Ademilson parou o veículo e tentou acalmar o jovem, que desferiu um soco na sua face direita e depois disso pulou a catraca, continuando as agressões.” Na versão do órgão, o motorista se defendeu “da mesma forma”. Segundo relato do motorista, Devid saiu do ônibus para procurar a polícia. O motorista não foi punido pela STU. Segundo informações da viação, “não se caracterizou culpa do funcionário. Ao contrário, ele foi vítima na ocorrência.” A STU garante que seus motoristas sabem que homofobia é crime.
Gilso Hanashiro/Agência BOM DIA
Devid Oliveira, 19 anos, demonstra revolta quando relembra a agressão que sofreu na linha Santa Isabel, com a certeza de que o motorista é homofóbico
Casos de homofobia têm sido frequentes na Capital desde novembro, quando cinco delinquentes agrediram um jovem homossexual com uma lâmpada fluorescente na avenida Paulista. A partir desse episódio, as autoridades têm dedicado atenção especial a esse crime. Sorocaba é mais uma cidade que registra ocorrências de preconceito a gays e lésbicas.
Na última quarta-feira, o motorista Ademilson Aparecido Fernandes teria agredido a socos e pontapés o estudante Devid Oliveira, 19 anos. Segundo a vítima, o funcionário da STU se irritou com o som do aparelho celular do rapaz e parou o ônibus da linha 13 (Santa Isabel) na avenida Washington Luiz, na altura do Sesc, e por ali ficou por 20 minutos.
“Os passageiros ficaram assustados, porque ele ficou parado com as portas fechadas. Quando uma gestante reclamou da situação, expliquei a ela que o motorista é homofóbico e me xingou de veado e outras palavras de baixo calão. Assim que me ouviu, me empurrou e me chutou. Para me defender, dei um tapa na cara dele. O funcionário me chutou de novo e me jogou para fora do veículo. Quando eu estava no chão, deu um soco no meu rosto. Senti o sangue escorrer”, narrou Devid.
Ademilson teria arrancado com o ônibus e fugiu. O jovem foi encaminhado ao Hospital Regional e depois fez boletim de ocorrência com a mãe, Silvana.
Punição
Antes do atrito com o motorista da STU, Devid procurou a empresa e a Urbes para registrar reclamação do motorista. Segundo a vítima, nenhuma providência foi tomada. Na delegacia, Ademilson teria confessado que agrediu o garoto. Apesar da confissão, continua na linha 13 (Santa Isabel). “Os homossexuais são mais aceitos pela sociedade. A atitude dele foi repugnante. Se eu fosse mulher decotada com saia, teria outro tratamento”, diz Devid. Ele e a mãe vão processar a STU e a Urbes por prejuízos de exposição de imagem, humilhação e danos morais.
Motorista é inocente e agiu em defesa pessoal, diz STU
A Urbes - Trânsito e Transporte e a STU negam atitude de homofobia contra o passageiro da linha 13 (Santa Isabel). Segundo a empresa que gerencia o transporte de Sorocaba, houve um desentendimento entre alguns jovens, entre eles Devid de Oliveira e o motorista Ademilson Aparecido Fernandes, no dia 10, provocado por “algazarras dentro do coletivo e som alto produzido por aparelhos celulares”. Segundo a Urbes, o motorista do ônibus pediu “que os jovens parassem de perturbar a viagem, o que só ocorreu depois de discussão entre eles, no Terminal Santo Antônio.”
A Urbes informa em nota que na quarta-feira houve novo desentendimento entre Devid de Oliveira e o motorista. “No relato do motorista no boletim de ocorrência, Ademilson parou o veículo e tentou acalmar o jovem, que desferiu um soco na sua face direita e depois disso pulou a catraca, continuando as agressões.”
Na versão do órgão, o motorista se defendeu “da mesma forma”. Segundo relato do motorista, Devid saiu do ônibus para procurar a polícia. O motorista não foi punido pela STU. Segundo informações da viação, “não se caracterizou culpa do funcionário. Ao contrário, ele foi vítima na ocorrência.”
A STU garante que seus motoristas sabem que homofobia é crime.
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